A visão do estado de natureza segundo os contratualistas e seus efeitos nas Relações Internacionais

2811 palavras 12 páginas
A visão do estado de natureza segundo os contratualistas e seus efeitos nas Relações Internacionais

O advento da Idade Moderna trouxe consigo uma série de inovações para o pensamento europeu a partir do século XVI. Essa transição para um novo período da História foi acompanhada também por um movimento orginalmente cultural, que passou a exercer forte influência sobre as demais esferas da sociedade, sobretudo a politica, conhecido como Renascimento. Essa nova forma de enxergar a sociedade teve como um de seus principais fundamentos o humanismo, isto é, a valorização do homem em si, encontrando nele qualidades e virtudes negadas pelo pensamento católico medieval. A esfera política da era moderna foi marcada pelo surgimento do Estado Moderno, tendo como principal característica a centralização do poder. Nesse período a ideia de direito natural foi absorvida e adaptada, prevalecendo a ideia de que o direito natural (jusnaturalismo) tinha origem na razão. Nessa época foi muito importante a doutrina de Grócio que excluiu a figura de Deus da ideia do direito natural, difundindo essa ideia de direito natural e da necessidade de que o direito positivo e as Constituições dos Estados se adequarem a esse direito. Com efeito, em meio a todas essas inovações ideológicas, surgem as primeiras teorias contratualistas, dando uma “nova cara” ao conceito de direito natural e revitalizando o jusnaturalismo, ressaltando o seu aspecto subjetivo. Ademais, essas teorias terão como base o estudo do homem como princípio e a crença de que toda sociedade parte de um estágio inicial denominado “estado de natureza”.
O primeiro estudioso a se dedicar à construção de tais teorias foi o filósofo Thomas Hobbes. Partindo do pressuposto de que o homem é fundamentalmente dominado por desejos e paixões, egoísta e autocentrado, ele sustenta que o estado de natureza se configura numa constante guerra devido ao confronto das ações de cada indivíduo. Nesse estado, o homem guiado por suas paixões

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