A visão da criança nos últimos tempoa

A visão para a criança, em efetiva razão, vendo sendo construída de forma muito recente. Pode-se dizer que a partir da década de 70 até os dias atuais. A Concepção de Infância sofreu muito no espaço temporal percorrido para se ter essa definição educacional, e ainda se difundi nos dias de hoje. Podemos ver que a infância foi “roubada” das crianças pela ingenuidade desse conceito, pois nossas crianças eram vistas como adultos em miniaturas. Mas essa definição foi se moldando e a concepção radicalmente alterada. Hoje há definições como a da Revista Ser Médico, No. 48, Ano XII, Jul/Ago/Set, 10-13, 2009, do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo que diz: “O adulto de hoje foi criança um dia e a criança de hoje será o adulto do futuro. De onde provêm, então, a crueldade e a desumanidade da sociedade contemporânea?”. Podemos perceber uma ligação linear cronológica neste processo em que se percebe a ligação, mas simultaneamente o distanciamento entre as etapas, sendo plausíveis suas particularidades e as necessidades de cada uma desta etapa ser trabalhada.
A ideia de que a primeira infância é um período decisivo na formação da personalidade da criança, que deve ser respeitada e estimulada de forma coerente as suas necessidades cognitivas motoras e intelectuais. A infância é um processo que deve ser vivido não como uma antecipação da pré-escola, mas sim como parte principal no processo educativo, permitindo o desenvolvimento da criança em tudo aquilo que ela já nasce propícia a desenvolver, como já dizia Maria Montessori.
Cabe a nós, profissionais da educação compreender que o professor é aquele que apoia o acesso ao conhecimento e não aquele que o detém como nos disse Célestin Freinet (1896-1966) e Janusz Korczak (1878-1942). Sendo assim, nós devemos permitir que a infância por si só se desenvolva e nós a propiciemos condições para melhor aproveitamento de suas possibilidades naturais de desenvolvimento.