A Visita Domiciliária na Estratégia de Saúde da Família: conhecendo as percepções das famílias
Família: conhecendo as percepções das famílias
Home Visiting in the Family Health Strategy: investigating families’ perceptions
Mariene Mirian Cruz
Graduada em Odontologia. Pós-graduanda em Saúde da Família
– modalidade Residência Multiprofissional.
Endereço: Rua Firmino Martins, 34, Conjunto dos Metalúrgicos,
CEP 06150-560, Osasco-SP, Brasil.
E-mail: marienemc12@yahoo.com.br
Monique Marie Marthe Bourget
Médica. Especialista em Medicina de Família e Comunidade. Mestre em Epidemiologia.
Endereço: Rua Santa Marcelina, 177, Itaquera, CEP 08270-070,
São Paulo-SP, Brasil.
E-mail: monique@santamarcelina.org
Resumo
Entendendo as visitas domiciliárias enquanto tecnologia de interação no cuidado à saúde da família, este artigo teve por objetivo compreender os significados atribuídos por essas famílias à visita domiciliária realizada pela Estratégia Saúde da Família (ESF), com a intenção de reconhecer as dificuldades e potencialidades dessa prática. Nessa perspectiva, utilizou-se abordagem qualitativa, em que os dados foram coletados através de entrevista aberta e analisados segundo a Teoria das Representações Sociais.
A pesquisa foi realizada no território de abrangência de uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) localizada na zona leste do município de São Paulo, sendo selecionadas cinco famílias aleatoriamente
(sorteio). Os resultados mostraram que a visita domiciliária, apesar de apresentar limitações devido à concentração em torno de práticas curativistas direcionadas aos indivíduos, que tornam secundárias a produção de autonomia e a corresponsabilização das famílias no cuidado à saúde, foi concebida como importante meio de aproximação entre as famílias e a
ESF, favorecendo o acesso às ações e aos serviços de saúde, sendo apontada como instrumento de humanização da atenção à saúde ao propiciar a construção de novas relações entre usuários e profissionais e a formação de vínculo