a visão grega da ciencia

A visão grega da ciência Os primeiros filósofos gregos são pensadores que insatisfeitos com as explicações mitológicas e religiosas buscavam respostas embasadas na racionalidade. Estes buscavam o principio explicativo pra todas as coisas, para eles os fenômenos estavam relacionados a causas e forças naturais que podiam ser conhecidas e previstas. As respostas eram as mais variadas, mas a teoria que permaneceu por mais tempo foi a de Empédocles, para este o mundo físico é constituído de quatro elementos: água, fogo, terra e ar. Assim a noção de ciência na Grécia voltava-se para a especulação racional e se desligava da técnica e das preocupações praticas. Era preciso buscar a ciência que consistia no conhecimento racional das idéias imutáveis, objetivas e universais. Na visão grega da ciência, predominou esse modelo cosmológico¹ aristotélico, posteriormente confirmado por Ptolomeu, que defendia a idéia de um mundo geocêntrico e de forma esférica. A ciência agora se vincula aos interesses religiosos e se subordina aos critérios da revelação, pois a razão da revelação devia se submeter ao testemunho da fé. O que valia eram as verdades reveladas pelos velhos livros, fossem eles a bíblia, Aristóteles ou Ptolomeu. Eles eram o próprio conhecimento, a própria ciência. Segundo Maria Lucia e Helena Martins (2003, p. 172)
Se a ciência medieval não é experimental, tampouco se utiliza da matemática, por isso, permanece qualitativa, como na antiguidade, mesmo porque os recursos disponíveis da matemática ainda são incipientes para se proceder à matematização. Nessa fase histórica não houve desenvolvimento das ciências particulares, fazendo com que a lógica aristotélica passasse a ser amplamente utilizada pra justificar as verdades da fé. O teocentrismo² passou a ser a visão de mundo que marcou o imaginário da maioria das pessoas que viveram neste momento. O período foi marcado, sobretudo na primazia da fé sobre a razão. Essa parada no desenvolvimento acabou