A VIDA OUVIDA A ESCUTA PSICOL GICA E A SA DE DA MULHER DE MEIA IDADE Mori Estudos E Pesquisas Em Psicologia

6065 palavras 25 páginas
ARTIGO 4

A VIDA OUVIDA: A ESCUTA PSICOLÓGICA E A SAÚDE DA MULHER DE MEIAIDADE
LIFE LISTENED: PSYCHOLOGICAL LISTENING AND MIDDLE-AGED WOMEN’S HEALTH

Maria Elizabeth Mori*
Vera Lucia Decnop Coelho**

RESUMO
Foi realizada uma pesquisa empírica com o objetivo de avaliar a importância da escuta psicológica para a saúde da mulher de meia-idade. O mal-estar geral experimentado neste momento de vida representa o visível, que esconde questões invisíveis da história de vida pessoal. Os procedimentos qualitativos foram: 1) levantamento dos serviços de atendimento à mulher de meia-idade na rede pública hospitalar do Distrito Federal; 2) entrevistas com profissionais da área de saúde; e 3) uma intervenção psicológica grupal em um espaço público hospitalar, com mulheres de classe socioeconômica desfavorecida. O compartilhamento das experiências pessoais, a partir de temas sugeridos pelas participantes, resultou numa experiência enriquecedora e contribuiu para que a vivência da meia-idade fosse mais bem elaborada. Os profissionais da saúde indicaram o atendimento interdisciplinar para esta faixa etária. Este estudo sugere que as políticas públicas de saúde devam incluir espaços de escuta psicológica com vistas à saúde integral da mulher.

PALAVRAS-CHAVE:
Meia-idade feminina; intervenção psicológica grupal; políticas de saúde.

O trabalho na clínica privada com mulheres de meia-idade tem nos mostrado que a intervenção psicológica pode ajudar na elaboração de perdas biopsicossociais experimentadas na meia-idade.
Também tem auxiliado a mulher a desenvolver uma crítica sobre como os dias atuais têm potencializado o sofrimento psíquico. Consciente de si, a mulher madura pode acolher o sentimento de estranheza, proporcionado pelos diferentes aspectos que constituem o envelhecer, e tem seu sofrimento amenizado. O senso de inadequação em relação “ao modo de estar no mundo” é mais bem

compreendido a partir do sentido que o sofredor dá à sua história. Ações psicoeducativas, como
grupos

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