A universidade que lê -crônica da disciplina de enologia-
DEGUSTANDO A NOVIDADE Eu cresci no campo, na casa da minha avó por parte de pai. A minha infância foi feita por experiências que pessoas nascidas numa grande cidade estranhariam. Afinal nem todos sabem o que é esperar de manhã e á tarde todos os dias, uma família de saguis virem descendo a pequena floresta, para que você pudesse alimenta-los com alguns tipos de frutas. Coisas como dormir num silêncio perfeito, poder enxergar cerca de triplo de estrelas no céu a noite, eram os privilégios de se ter uma vida no sítio. Quando eu ainda era um bebê, ganhei um coelho de algum parente que morava por perto. Apesar de não ser nítido em minhas memórias, consigo visualizar mentalmente a gaiola em que meu bichinho era guardado. Ele não foi o meu primeiro coelho, tive mais um na adolescência, que não durou muito tempo. Menos de um ano após tê-lo como meu companheiro de quarto, por descuido de minha mãe que o esqueceu dentro da gaiola, no meio do quintal, ele foi atacado pelo nosso cachorro vira-lata. O instinto caçador de um cachorro foi testado á tona. Meia década após a tragédia do coelho abandonado, eu estava provando mais uma das novidades gastronômicas para o meu