A unidade linguística do português brasileiro realidade ou mito?
A suposta inexistência da unidade lingüística nacional implica falta de comunicação e entendimento entre pessoas de diferentes regiões do país e de diferentes classes sociais, uma vez que o português correto, a norma-padrão da Língua Portuguesa, pertence à elite urbana e a uns poucos literatos que se auto-proclamam os donos do saber. Essa falta de unidade embasa-se em argumentos que lhe imputam mitificação devido à existência de diversas línguas indígenas, dos diferentes idiomas trazidos pelos imigrantes que aqui aportaram de todo o mundo, e das inúmeras variedades da língua portuguesa, cada uma dessas com características próprias e diferenças no status social do seu falante; trocando em miúdos: é como se cada pessoa falasse uma língua só dela.
No entanto, não é isso que se constata na realidade comunicativa do Brasil, que é o objetivo maior da nossa língua, pois em quase 100% dos lares existe em televisor e/ou um rádio AM – FM, no mínimo; em quase 100% dos lares existe uma Bíblia Sagrada, mormente a versão João Ferreira de Almeida; pela TV o povo assiste a jogos que se iniciam com o belo hino, a novelas, a noticiários, todos programas de alcance nacional, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, do Paraná ao Acre, etc.
Quanto à pobre Bíblia, possui poucos leitores devido à cultura da maioria dos religiosos brasileiros, deveria ser mais lida, inclusive pelos profissionais da fé, pois constitui um dos pilares da Língua e da Literatura. Devido a esses elementos difusores da Língua Portuguesa, presentes na quase totalidade dos lares brasileiros, é que se argumenta existir,