A teoria da bala mágica
A ciência da Comunicação Social é uma ciência muito vasta e ampla, e se divide em vários campos teóricos e teorias, tendo como objeto de estudo assuntos que vão de religiosidade à ética. A primeira teoria criada na área da Comunicação foi a teoria da Bala Mágica1, também conhecida como Agulha Hipodérmica ou Corrêa de Transmissão. Mario Wolf (1995) diz que há fatores que interferem na criação e análise de teorias de massa. O primeiro fator e o contexto social, histórico e econômico em que a teoria surgiu. O segundo fator é o tipo de teoria social pressuposta na criação da teoria. O terceiro é o modelo comunicativo de cada teoria.
A análise das relações existentes entre os três fatores permite articular as conexões entre as diversas teorias por meios de comunicação e especificar qual foi (e porquê) o paradigma dominante em diferentes períodos.
(GITLIN, apud WOLF, 1995, p. 19)
A teoria da bala mágica é baseada nos supostos efeitos2 dos meios de comunicação na sociedade de massa. Essa teoria defendia a ideia de que os meios de comunicação de massa eram absolutos e todo poderosos. Tinham poder de manipular, persuadir e convencer a audiência. Para eles o efeito da mídia de massa na audiência era direto, certeiro e imediato. “Cada elemento do público é diretamente ‘atingido’ pela mensagem”. (WRIGHT, apud WOLF, 1995, p. 20). Hoje existem outras teorias que mostram que esses efeitos não acontecem dessa forma, mas na época a teoria foi aceita e tida como certa.
O homem massa é visto por muitos autores como sendo um homem alienado, egoísta e indiferente. É facilmente manipulado e persuadido. A massa é um conjunto de indivíduos separados fisicamente que atuam de maneira separada e individual, e que convergem em um mesmo objetivo. “[...] o isolamento físico e normativo do indivíduo na massa é o fator que explica em grande parte o realce que a teoria hipodérmica atribui às capacidades manipuladoras dos primeiros meios de comunicação