A tensão identidtária entre sertanidade e baianidade

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A tensão identidtária entre sertanidade e baianidade

A Bahia reúne referencias culturais com espaços tão individuais, assim ela consegue se afirmar num contexto identitário forte. Onde a região do semiárido, se expressa através de elementos e artifícios culturais que se identificam com o nordeste do que com a Bahia que por si só apresenta referencias culturais diversas. Jorge amado é uma referencia de como se deu a construção da Bahia, ele utiliza um aparato que considera cientifico e reproduz os cenários de uma Bahia onde seus personagens vivenciam historias escritas por ele de maneira encantadora. Afirma ainda que a cultura popular humaniza a cidade. Associa as características de ser falante, porem de fala mansa ao traço de não ter pressa, de viver numa cidade de tradições. O estilo que ele tem em descrever a cultura baiana acaba por alimentar a ideia de que pobreza e felicidade podem coexistir aqui em harmonia. A imagem que os baianos e não baianos propagam da Bahia estabeleceu os seus contornos pela forma como ela tem sido atualizada por artistas. Eurico Alves e um poeta baiano de Feira de Santana que dedica grande parte da sua vida a pesquisar e descrever o estilo de vida rural na Bahia, utiliza uma sabedoria de conhecimentos diversificados sobre o Sertão com materiais do cotidiano do vaqueiro e documentos históricos como fotografias. Alves busca estabelecer outras verdades sobre o sertão e faz desaparecer a diferença entre o vaqueiro e o fidalgo, anseia romper com o injustificado silencio contra a narrativa que se faz sobre a vida do Sertão baiano. Os dois elogiam a região baiana e as descrevem de maneira semelhante e preservam relações extraordinárias.

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