A surdez como uma cultura

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Surdez é mais do que uma condição médica. Para os indivíduos que são surdos, a surdes não é apenas ter "ouvidos doentes". Eles pertencem a uma comunidade, uma cultura. Neste sentido, a surdez é única entre os tipos de deficiência. O sentido da cultura é mais forte entre aqueles que a linguagem gestual é o seu idioma principal. É este vínculo linguístico, talvez mais do que outros fatores, que liga os membros desta comunidade. Em muitos aspectos, o caráter social da cultura surda pode ser comparado à da cultura Afro-americana. Da mesma forma que existe um forte sentimento de orgulho entre os Afro-americanos em respeito ao seu patrimônio cultural e da sociedade, existe um sentimento de orgulho entre os surdos, e eles gozam do estatuto de minoria cultural e linguística. Surdez é muito mais do que um fenômeno fisiológico. É um modo de vida. Nas últimas décadas, a linguagem tem desempenhado um papel cada vez mais centralizador na unificação cultural da comunidade surda.
Linguagem dos Sinais e "Leitura Labial"
No entanto, existem pessoas surdas que não utilizam a linguagem dos sinais. Essas pessoas geralmente têm sido levantadas a seguirem a tradição oral, o que significa que eles foram educados e ensinados a se expressar vocalicamente, e também para "ler os lábios" dos outros. Esta tradição era mais comum durante a maior parte do século 20. Foi então na década de 1970 que os educadores começaram a abordagem desta questão mais a sério, e para incentivar o uso da linguagem gestual como principal meio de comunicação. O caso de se considerar a linguagem gestual como uma língua própria nem sequer foi reconhecida para a maior parte das pessoas, incluindo muitos dos surdos que se utilizam dela. A Linguagem gestual foi durante muito tempo considerado como um sistema de gestos que não cumpriam a completa funcionalidade de uma verdadeira Língua. Estudos mais recentes, porém, têm confirmado que a linguagem gestual tem uma complexa estrutura de sintaxe e gramática como no caso

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