A sociedade antiga (morgan, lewis)

“A Sociedade Antiga” (Morgan, Lewis Henry in Evolucionismo Cultural – CASTRO, Celso)
Davi Ferreira

No texto A Sociedade Antiga, Lewis Morgan apresentará sua teoria quanto ao evolucionismo cultural. Pioneiro na antropologia, Morgan defende que a humanidade passa por um contínuo processo de evolução não apenas biológica, mas também cultural. A partir dessa ideia, aponta para a questão de haver seres humanos culturalmente “menos evoluídos” em relação a outros, por estarem em diferentes níveis da caminhada evolucionista.
Esta escala de evolução apresenta-se dividida basicamente em três estágios: selvageria, barbárie e civilização. Para Morgan, a sociedade civilizada atual tem raízes no estágio da barbárie e este, na selvageria. Defende que mesmo as ideias modernas são evoluções dos ideais e conceitos primitivos, elencando como exemplo as ideias de subsistência, governo, linguagem, família, religião, vida doméstica e arquitetura e propriedade. Para cada exemplo, Morgan segue a mesma linha de raciocínio: retoma o mais distante da história da humanidade onde consegue encontrar o que seria a ideia primitiva que se desenvolveria no evolucionismo cultural.
Morgan propõe ainda uma subdivisão do que seria o período da barbárie: inicial, intermediário e final da barbárie. Paralelamente, o estado de civilização também se apresenta subdividido, para cada nível de barbárie, haveria um nível correspondente e inversamente proporcional de civilização. Desta forma, é reforçada a teoria de que a cultura e a vida social humana caminhariam em uma evolução praticamente linear, passando por estágios que se sucederiam uns aos outros.
Do início do que Morgan chama de infância da raça humana à aquisição de uma dieta de subsistência à base de peixes e o uso do fogo, compreende-se o chamado status inferior de selvageria. Na sequência, o status intermediário de selvageria vai de então até o surgimento do arco-e-flecha. Finalmente, o status superior de selvageria compreende o período do