A saída da opressão pelo conhecimento
Márcio Donizete de Quadros[1]
Este artigo embasar-se-á em importantes autores da filosofia, sobretudo da contemporânea, tais como: Bauman, Freire, Adorno e Horkheimer, mas também adentrar-se-á em pontos estratégicos da filosofia kantiana. Todavia, adentrar-se-á em pontos estratégicos no que se refere a temática. De exórdio deve-se acrescentar que este artigo tratará de um tema bem atual, diz respeito à indústria cultural. Termo este que está à frente de muitas situações críticas da nossa sociedade hodierna, tais como: a massificação, a irresponsabilidade, a indiferença entre as pessoas, entre outros. Todavia, no devido artigo adentrar-se-á, sobretudo, no que se refere a saída de tal opressão, implantada ao indivíduo, a qual será dada mediante o conhecimento. Neste sentido, iniciar-se-á pela obra Pedagogia do Oprimido (1987), em que Paulo Freire ressalta que a libertação do homem é similar ao processo histórico, pelo fato que, o homem é um ser incompleto. Portanto, o homem, também está num processo, na busca de ‘ser mais’. Com isso, ele questiona a educação verticalizada, que é dada aos alunos, pois, para Freire, tal educação serve como um instrumento de desumanização e domesticação do homem e da mulher, pois, o opressor adentra na consciência do oprimido. Ponto este, o qual o autor em pauta tratou como a ‘educação bancária[2]’, uma teoria anti-dialógica, que traz em sua camuflagem, a marca da opressão, da invasão cultural. Ou seja, os alunos são abarrotados de muitas informações, que em nada relaciona à vida, os professores dissertam à realidade como algo inerte. Assim, limitando ao máximo, quando não aniquilando a criatividade, a criticidade e a autonomia dos alunos, os quais ficam restritos a serem receptores de conteúdos, sem conhecimento crítico. Fato que, culmina em indivíduos divididos, desunidos, para que assim, fiquem ainda mais enfraquecidos e mais fáceis de