A riqueza na base da piramide
1522 palavras
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Durante a minha pós na FGV estudei bastante os conceitos contidos neste livro, especialmente em uma matéria chamada “Novos Modelos de Negócios”. Basicamente todos os novos modelos de negócio estudados nesta matéria foram apoiados por textos e/ou cases deste livro: base da pirâmide, responsabilidade ambiental, parcerias público/privadas, co-criação, arranjos produtivos locais, etc. Já havia inclusive citado o livro e seus conceitos no meu artigo de estreia por aqui (A Riqueza na Base da Pirâmide e o Bolsa Família) e num outro mais recente (Sobre os “rolezinhos”: muito barulho por nada!). E apesar de através da pós graduação eu já ter conhecimento de quase metade do conteúdo do livro, e basicamente todas as ideias contidas nele, resolvi ler por inteiro. Escrito pelo já falecido professor doutor da Universidade de Michigan, Coimbatore Krishnarao Prahalad, ou simplesmente C.K. Prahalad, teve sua primeira edição publicada em Agosto de 2004. Em 2009 ganhou uma revisão que inclui, além do conteúdo original, um novo estudo de caso (Jaipur Rugs), cartas recebidas de CEOs de importantes empresas que tiveram contato com o livro (como por exemplo: Microsoft, GlaxoSmithKline e Unilever), uma análise sobre o progresso alcançado entre 2004 e 2009 e um CD contendo vídeos sobre os estudos de caso. Vendeu mais de 1 milhão de cópias em pelo menos 22 idiomas. Capa da edição de 2009.
Capa da edição de 2009. As ideias de Prahalad não teriam a mesma densidade e profundidade se tivessem sido produzidas por um americano, alemão ou francês, já que o Dr. Prahalad, por ter nascido na Índia, teve contato direto com as necessidades e dificuldades enfrentadas pelas camadas mais pobres da população em um país em desenvolvimento. O livro parte da ideia de que, para as empresas continuarem crescendo, elas devem criar “novos mercados” e estes novos mercados se encontram na base da pirâmide que, quando do lançamento do livro em 2005, reunia cerca de 4 bilhões de pessoas no mundo