A revolucao Industrial

Em seu capítulo sobre a Revolução Industrial, Eric Hobsbawm traz uma linha condutora temporal para os eventos ocorridos principalmente na Inglaterra e que se caracterizam como a primeira fase da Revolução Industrial, assim como as consequências destes eventos.
Primeiramente, tratemos da questão nominativa da Revolução. A escolha dessa palavra para caracterizar esse evento não foi em vão. O nome “Revolução Industrial” seria pela súbita mudança quantitativa na produção da industrial, não propriamente o surgimento de novas tecnologias. Sendo assim, todas as tecnologias que estão relacionadas com o evento já existiam no mundo, todavia, sua utilização e produção em larga escala foi o que chocou e revolucionou o mundo de meados do século XVIII.
Essencial para se pensar nisso é entender a força avassaladora e transformadora que envolveu o evento, como esses elementos influenciaram o modo como todas as nações europeias passaram a se relacionar, principalmente no caso que surge a exportação em larga escala de alimentos, o que antes não era uma prática comum, isso porque a Inglaterra passa a utilizar seus campos para sua indústria algodoeira, o carro chefe dessa revolução. Interessante também de se pensar é como o surgimento de uma indústria algodoeira forte influenciou a maneira como a Inglaterra passou a se relacionar com suas colônias, que passam a ser obrigadas a consumir seus tecidos.
A Revolução Industrial serve como estopins para a explosão que foi a construção das estradas de ferro por toda a Europa, e com isso, começam a aparecer às primeiras uniões de trabalhadores, especialmente entre os maquinistas e operários relacionados com essas estradas. Nada consegue mais parar o trem do progresso que apareceu na Europa, isso Eric Hobsbawm deixa bem claro.