A revolta da vacina
Em novembro de 1904, o plano de saneamento do Rio de Janeiro que havia sido organizado por Oswaldo Cruz e tinha como foco a obrigatoriedade da vacinação como uma forma de erradicar diversas doenças tropicais, como febre amarela, varíola, malária e peste, sofreram uma grande repressão por parte de uma parcela da sociedade que não concordavam em ter que ser obrigada a receber a dose da vacina. Além de evitar essas doenças, a campanha de vacinação objetivava também trazer uma melhoria de vida no que dizia respeito a higienização da capital da república em sintonia com o modelo de política aplicada, que visava modernizar o espaço urbano da cidade, que tinha como prefeito o senhor Pereira Passos. Como forma de defesa, entre os dias 10 e 16 do mesmo mês, formou-se uma manifestação popular contra o ato que ficaria conhecido como a Revolta da Vacina.
Oswaldo Cruz e a Lei da Vacina
O Rio de Janeiro, na época capital federal, era uma das cidades que mais sofria no país com a falta de saneamento básico e de higiene, o que consequentemente acarretava em um grande número de doenças, que tinham focos de propagação espalhados pelos quatro cantos do território, o que colaborava para aumentar ainda mais a imagem negativa que muitos tinham do local, principalmente no exterior. Buscando uma forma rápida de resolver esse problema, o então presidente Rodrigues Alves nomeou o sanitarista Oswaldo Cruz como o diretor geral do Departamento Federal de Saúde Pública, que é o que hoje poderíamos dizer se tratar do Ministro da Saúde. Uma das grandes dificuldades do período era a alarmante infestação de febre amarela, que já estava em um estado alarmante de epidemia. Oswaldo Cruz tinha então a difícil missão de erradicar a doença e ainda melhorar as condições de vida dos que moradores do Rio, vacinando-os também contra a varíola.
Para que pudesse conseguir atingir a toda a população, no dia 31 de outubro Oswaldo