A repetição na clinica psicanalitica
RESUMO
O processo de repetição vem sendo freqüente na clinica psicanalítica e sua formação e relação com pulsão, resistência e transferência são de grande importância para o entendimento psicanalítico clinico quanto teórico. Este artigo visa explanar sobre a conceituação, a formação e a função do processo de repetição, tanto no seu caráter de instrumento de cura quanto de mecanismo de defesa da psique, e sua relação com a transferência e com o conceito de pulsão e morte.
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PALAVRAS-CHAVE: Repetição, Transferência, Clinica Psicanalítica, Resistência, Recordação.
INTRODUÇÃO
A recordação e a ab-reação eram tudo que a psicanálise desejava ainda nos seus primórdios, porem com a queda da hipnose essa tarefa passou a ser substituída pelo método da associação livre. Então a tarefa passou a ser descoberta, a partir das associações livres, o que o doente já não recordava mais. Hoje não mais visa somente momentos específicos da formação do sintoma, mas, toda uma superfície de pensamentos e o analista usa de interpretação para tornar as resistências conscientes, e o objetivo resumidamente, é a superação das resistências devidas ás repressões e ao recalque.
Através da desconstrução das resistências o paciente recorda, às vezes, ab-reage e elabora, ou seja, dá um novo sentido a isso. Porem, não são todos pacientes que possui essa maneira de recordar por meio de palavras, a recordação pode então ser feita pelo víeis da atuação / repetição. Este artigo visa explanar sobre este segundo tipo de recordação, a repetição.
Certos pacientes agem na clinica como na hipnose, recordando através de palavras e ab-reação e só mais tarde deixa de fazê-lo, porem há pacientes que agem de uma forma diferente desde sempre.
Nos limitaremos aqui a falar sobre este segundo tipo. Estes pacientes não recordam alguma coisa do que foi esquecido ou reprimido, mas expressa o que foi esquecido por outra via, a da repetição (atuação) (FREUD,