A Religi O Como Ag Ncia Controladora Do Comportamento

2284 palavras 10 páginas
A Religião como agência controladora do Comportamento
Em seu livro, B. F. Skinner define as agências controladoras como sistemas sociais organizados que modelam, mantém e extinguem uns ou outros comportamentos. Em outras palavras, agências como o governo, a educação, a religião e a psicoterapia influenciam ou controlam em larga escala o que sentimos, pensamos e fazemos.
As ferramentas, os conceitos e os princípios utilizados pela Análise do Comportamento, ciência fundamentada no behaviorismo radical, mostram-se apropriados para a abordagem do tema.
O crer e o ter fé são aprendidos
Não nascemos religiosos. A despeito da sugerida “naturalidade da religião”, o crer em divindades ou em “forças superiores” são comportamentos modelados ou arranjados a partir das interações que uma pessoa estabelece com o mundo, sobretudo com o ambiente social. Os pais de uma criança ensinam-na a orar, explicam os acontecimentos mundanos pela perspectiva sobrenaturalista e justificam o “certo” e o “errado”, ou o “bem” e o “mal”, por princípios ou razões transcendentais. O processo de “aprender a ser religioso” envolve o estabelecimento de condições reforçadoras, como o elogio, o incentivo, o reconhecimento e o afeto, e o de condições punitivas como a censura, a repreensão e o castigo. Em linguagem comum, parentes, conhecidos e líderes religiosos recompensam o seguimento e castigam o descumprimento das práticas religiosas da doutrina da qual fazem parte.
Aprendendo conforme o modelo
Ao aprendermos a tocar algum instrumento ou a praticar algum esporte, podemos observar e imitar as pessoas proficientes nessas áreas. No âmbito moral, e imersos num mundo social desconhecido, podemos agir e pensar como o fazem os mais velhos. A aprendizagem pela observação é denominada modelação, e é este o processo em que os cristãos se engajam ao tentar inspirar suas ações nas que foram emitidas por Jesus Cristo. Em geral, pais e líderes religiosos podem servir a crianças e jovens como modelos. A observação

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