A RELAÇÃO ENTRE ERRO E COMPETÊNCIA: UM SUBSÍDIO PARA A CONTRUÇÃO DE INDICADORES DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DO ALUNO EM MATEMÁTICA

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INTRODUÇÃO
Quando observamos o desempenho de muitos alunos em avaliações que são realizadas pelos professores, verificamos que alguns ou até, mesmo, muitos deles erram algumas questões. Não é muito incomum, alguns professores traduzirem esses erros como sinônimos de falta de competência do aluno.
Dessa forma, no entender desses professores os alunos precisariam começar aprender o assunto do início como se nunca tivessem estudado aquele objeto que em algum momento já tiveram contato.
Esses alunos, de certa forma, trazem consigo algum tipo de competência/ habilidade que poderão ser úteis para seu aprimoramento.
Nos últimos anos, competência/habilidade vem sendo algo bastante corriqueiro nas escolas públicas devido às avaliações de sistemas. Com isso, as matrizes curriculares1 parecem que vêm dando lugar as matrizes de referências2, pois parece que a preocupação não está mais na construção de cidadãos e sim na melhoria dos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB(2007)3.

JUSTIFICATIVA
As avaliações nacionais, como PROVA BRASIL, PROVINHA BRASIL, Exame Nacional do Ensino Médio, deveriam ser usadas, de maneira micro, como recursos para que as escolas, gestores, professores e demais profissionais, repensassem seu trabalho, como também, de maneira macro, que é o objetivo, para se efetuar políticas públicas eficazes para a população. Se a avaliação for concebida apenas como mecanismo de controle ou se for ignorada, seja pelos professores, pelos gestores ou pelos responsáveis pela formação de docentes, pouco deve contribuir para a melhora do ensino (SOUSA, 2003).
Segundo Uema (2003), é preciso fazer a ponte entre a avaliação e a ação. Não basta informar ou iniciar um processo de reflexão na escola sobre os problemas ou deficiências pelos quais ela passa, sem colocar à sua disposição os recursos de que precisa para superar suas dificuldades, pois, nesse caso, a avaliação tende a exercer somente o papel inútil de testemunha, e não de agente

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