A redes de aten o a sa de
INTRODUÇÃO
O problema
O Brasil vive um a situação de saúde que se expressa em um a transição dem ográfica acelerada e um a transição epidem iológica singular,com forte predom ínio relativo das condições crônicas. Essa situação de saúde não pode ser respondida adequadam ente com sistem as de atenção à saúde fragm entados e voltados para a atenção às condições agudas. Essa m udança im plica o restabelecim ento da coerência entre a situação e o sistem a de atenção à saúde por m eio da construção social das redes de atenção à saúde
A situação de saúde no Brasil
O percentual de jovens de zero a 14 anos,que era de 42% em 1960 passou para 30% em 2000,deverá cair para 18% em 2050.D iversam ente,o percentual de pessoas idosas m aiores de 65 anos,que era de 2,7% em 1960,passou para 5,4% em 2000 e alcançará 19% em 2050, superando o núm ero de jovens.
Tradicionalm ente,trabalha-se,na análise de situação de saúde,com um a divisão entre doenças transm issíveis e não-transm issíveis.Essa tipologia é largam ente utilizada,em especial pela epidem iologia.É verdade que essa tipologia tem sido m uito útil nos estudos epidem iológicos,m as,por outro lado,ela não se presta para referenciar a organização dos sistem as de atenção à saúde.
A situação epidem iológica brasileira distanciase da transição epidem iológica clássica om ram iana, observada nos países desenvolvidos. Ela se define por alguns atributos fundam entais: a superposição de etapas,com a persistência concom itante das doenças infecciosas e carenciais e das condições crônicas; as contratransições,m ovim entos de ressurgim ento de doenças que se acreditavam superadas,as reem ergências de doenças com o a dengue e febre am arela; a transição prolongada, a falta de resolução da transição num sentido definitivo; a polarização epidem iológica,representada pela agudização das desigualdades sociais em m atéria de saúde; e o surgim ento das novas doen- ças ou enferm idades em ergentes.
Essa situação de