A Recessão de 1981 a 1983

866 palavras 4 páginas
A RECESSÃO DE 1981- 1983

O RETORNO DE DELFIM NETTO - UM BREVE CRESCIMENTO
Em março de 1979, iniciou-se o governo Figueiredo, último presidente do regime militar, logo em sei início, travou-se uma luta política para a definição dos rumos da economia.
Historicamente, dentro do Estado brasileiro coexistem as correstes denominadas desenvolvimentistas ou heterodoxas, preocupadas com o crescimento econômico a qualquer custo, e as correntes ortodoxas ou pragmáticas, preocupadas tão somente com o equilíbrio dos chamados fundamentos macroeconômicos, que, uma vez alcançado, abriria caminho para o crescimento econômico. As correntes desenvolvimentistas quase sempre se impuseram, conseqüência do grande dinamismo e potencial de crescimento de nossa economia, bem como do amplo apoio da sociedade a esse tipo de política.
Em pouco tempo, Delfim Netto, tentou reeditar o milagre econômico, apesar da situação externa adversa. Contudo. O advento de mais um choque do petróleo, somado ao dos juros externos e á recessão mundial, transformou o gestor do milagre em gestor de uma política econômica profundamente recessiva.
A política econômica inicial foi de orientação heterodoxa, baseada no controle dos juros, na maior indexação dos salários, que passaram a ser reajustados semestralmente e por faixas, e na desvalorização cambial de 30% em dezembro de 1979. Além disso, foram prefixadas as correções monetária e cambial, para 1980, as taxas bastantes inferiores á inflação 1979. A pré-fixação seria uma tentativa de atuar sobre as expectativas inflacionárias para 1980, levando os agentes econômicos a reajustarem seus preços e taxas próximas daquela pré-fixada.
Essa tentativa de reedição do milagre econômico seria criticada por sua falta de sustentação a médio e longo prazos. Em vez desse comportamento errático da economia teria sido menos traumático um crescimento mais moderado, tanto em 1979 como em 1980, anos em que ainda havia relativa liquidez no sistema financeiro internacional.

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