A química dos corantes

Química Geral e Inorgânica
A química dos corantes

Resumo
A mais de 20 mil anos o homem utiliza cores, desde as primeiras pinturas rupestres da Era Glacial, passando pelos egípcios e romanos e chegando aos dias atuais nas mais diversas aplicações. O corante quando adicionado a outra substância altera a cor desta. Eles são concentrados, encontrados em pó ou líquido e solúveis em água, o que os difere do pigmento. Sua cor está relacionada com a quantidade de absorção de radiação eletromagnética na faixa de luz visível, assim como o comprimento de onda e frequência também influenciam. A luz observada é complementar a absorvida. Apenas compostos com ligações duplas conjugadas são capazes de absorvê-la, por isso um aspecto comum na estrutura dos corantes é a presença de anéis benzênicos.
Os corantes naturais provêm de animais, plantas ou minerais. O primeiro corante natural descoberto foi o de cor azulada, índigo. A lista os cinco naturais considerados de maior importância no mercado mundial: o urucum, a páprica, a cúrcuma, as antocianinas e o carmim de cochonilha. Já os sintéticos, são semelhantes aos naturais, porém fabricados em laboratórios. A maioria deles vai para a indústria têxtil, porém parte vai para alimentícia, farmacêutica, de tintas e papéis. O descobrimento do corante artificial se deu em 1856, pelo químico William Perkin, que reagiu anilina com dicromato de potássio, resultando numa cor avermelhada e hidrossolúvel. Mas de 90% dos corantes são sintéticos, pois são tecnicamente superiores, de maior fixação, maior intensidade de cor e estabilidade, de baixo custo e rápida absorção. Os fabricantes fixaram-se primeiramente na Alemanha, Inglaterra e França, mas na década de 90 migraram para países asiáticos. A OMS já fundamentou o banimento de alguns corantes por ministérios da saúde de todo o mundo, inclusive o brasileiro, como o amarelo sólido e laranja GGN.
Muitos são utilizados, entretanto, como aditivos alimentares, tingimento de fibras na área