A questão dos Direitos para Kant

- A questão dos direitos para Kant
Se você acredita em direitos humanos universais, provavelmente não é um utilitarista. Se todos os seres humanos são merecedores de respeito, não importa quem sejam ou onde vivam, então é errado trata-los como meros instrumentos de felicidade coletiva.
- O problema com a maximização da felicidade
Kant repudia o utilitarismo. Ao basear direitos em um cálculo sobre o que produzirá maior felicidade, ele argumenta que o utilitarismo deixa esses direitos vulneráveis. Para Kant, só porque uma coisa proporciona prazer a muitas pessoas isso não significa que possa ser considerada correta. O simples fato de a maioria, por maior que seja, concordar com uma determinada lei, ainda que com convicção não faz com que ela seja uma lei justa.
Kant afirma que a moralidade não deve ser baseada apenas em interesses, vontades, desejos e preferências que as pessoas possam ter em determinado momento. Segundo Kant o princípio utilitarismo da felicidade não traz nenhuma contribuição para o estabelecimento da moralidade, e fundamentar a moralidade em interesses e preferências destrói sua dignidade. Embora Kant fosse cristão, Kant não fundamenta a moralidade na autoridade divina. Em vez disso argumenta que podemos atingir os princípios supremos da moralidade por meio do exercício daquilo que denomina “pura razão prática”
Kant diz que somos merecedores de respeito, não porque somos donos de nós mesmos, mas porque somos seres racionais, capazes de pensar; somos também seres autônomos capazes de agir e escolher livremente.
Sendo assim, nossa capacidade raciocinar esta intimamente ligada a nossa capacidade de sermos livres. Juntas essas capacidades nos tornam únicos e nos distinguem da existência meramente animal, elas nos transformam em algo mais do que meras criaturas com apetites.

- O que é Liberdade?
Para Kant a liberdade possui dois aspectos: um negativo e um positivo.
Negativo: Ser livre é não se submeter a nada externo ao indivíduo, que