A questão da alma em Platão e Santo Agostinho

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A questão da alma em Platão e em Santo Agostinho

Em Platão um dos conceitos elaborado ou esboçado por ele que mais influenciou a questão filosófica posterior foi o “da alma”. Platão afirma em alguns de seus diálogos a distinção entre alma e corpo. Sendo a alma a sede da identidade, do pensamento e da deliberação, e o corpo o seu invólucro que frequentemente, segundo Platão põe-se como obstáculo ao pleno exercício de suas capacidades. Platão desenvolve a teoria ou doutrina das Formas que consiste em que existem realidades invisíveis e inacessíveis aos sentidos, apreensíveis somente pelo pensamento. Sendo o corpo a “prisão” da alma, está só estaria livre das amarras corporais depois da morte. Assim surge a tese da imortalidade da alma no platonismo. Com a tese da imortalidade da alma temos uma visão da realidade que privilegia o conhecimento do puramente inteligível e desvaloriza os eventos relacionados à vida corporal e sensível. Portanto a alma deve controlar o corpo e viver uma vida, na medida do possível, voltada para valores como justiça e virtude, porque isso tem parte na sua própria natureza. Segundo Platão há o mundo sensível e o mundo inteligível. No mundo sensível nós interagimos com as aparências, mas para ultrapassarmos esse nível devemos nos voltar para a essência. Para Platão a essência é denominada de eidos, palavra que pode ser traduzida como ideia ou forma. No mundo inteligível existe cada ideia, única e imutável, pois lá seria o mundo real. Assim para nós libertarmos das “aparências” temos que nos libertar das amarras do corpo, e alcançar as essências. O platonismo foi muito influente no período medieval, principalmente entre os séculos IV ao VIII, quando a patrística(dos santos padres), campo da filosofia que pretende uma concialação entre razão e fé. O nome mais proeminente deste período é Santo Agostinho, com base no platonismo elabora o que ele chama de “filosofia cristã”, que seria essa tentativa de conciliar fé e razão. “Agostinho

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