A quest o do sentido da vida existencial mas tamb m metaf sica

A questão do sentido da vida é existencial mas também metafísica. Coloca-se na consciência o que o homem tem da sua existência, da inquietação perante a sua finitude, o absurdo da morte. É um tema que me fascina porque me leva a problematizar a minha existência, confronta-me com a estranheza e com o absurdo da vida, porém não me abre, simultaneamente, perspectivas de esperança e de construção de sentidos. Somos seres finitos, morremos. Contudo, não sabemos, exatamente, quando e como morreremos e mesmo assim fazemos planos, projetos de vida, como se fossemos imortais. São as nossas escolhas que propiciam o sentido da existência. Ao carácter revoltante do sofrimento, da injustiça e da tortura acrescenta-se a tirania do tempo e da morte. A condição humana é uma absurda aventura: vivemos em vão e temos os dias contados. A experiência de um mundo mudo e cego, a

monotonia de uma vida em que repetimos com regularidade quase mecânica as mesmas tarefas e a ameaça constante e clandestina da morte ensinam-me que a vida é um fracasso. É então, correto afirmar que os seres humanos nascem apenas para morrer? Afinal, tudo o que se deseja alcançar nunca é alcançado por uma única pessoa, por exemplo quem é rico financeiramente é muitas das vezes pobre relativamente á questão da plena felicidade, e, quando se é feliz, não se tem tudo o que se quer... Também, não se pode alcançar a paz individual ou coletiva enquanto estamos vivos, pois o mundo é imperfeito e a paz a longo prazo não passa de mais uma utopia. Na minha opinião tudo o que se faz durante a vida é tentar prolongá-la, mesmo aqueles que não se sentem realizados fazem-no, ainda que por vezes involuntariamente. E porquê? Pelo simples facto de que todo o ser humano teme a morte, muito mais do que a infelicidade. Acredito que estarei pronta para morrer quando compreender todos os mistérios que envolvem a criaçao de tudo, dos meus próprios sentimentos e daqueles que me rodeiam, quando compreender