A psicologia no século xxi: o estudo dos processos cognitivos

A história recente da Psicologia é marcada por constantes avanços em relação ao papel desempenhado pelo psicólogo. Ao longo dos anos, este profissional passou a fazer parte de um grande número de atividades profissionais, inseridas nos mais diversos campos de atuação, deixando de lado o estigma de que a Psicologia poderia apenas ser desempenhada no âmbito da clínica. Desta constante ampliação, um dos campos de trabalho mais reconhecidos atualmente é a prática científica. Essa mudança teve início do final do século XIX, quando os primeiros laboratórios de Psicologia Experimental foram inaugurados e se consolidou no século XX. Assim, nos dias de hoje, sabemos que a Psicologia trabalha não apenas com a intervenção, mas também com a busca de conhecimento crítico sobre a natureza dos processos complexos humanos.

Em nosso país, o número de laboratórios de Psicologia e de pesquisas sobre comportamento e cognição humana foi fortemente ampliado. Atualmente, a própria formação deste profissional deve ser voltada para a pesquisa científica em alguma medida. A nova lei de Diretrizes Curriculares para os cursos de Psicologia, exige que a formação do Bacharel em Psicologia envolva pesquisa e estágios nessa área. Isso mostra que a pesquisa deve ser compreendida, sem dúvida, como uma das grandes ocupações do profissional psicólogo.

No âmbito das pesquisas relativas aos processos cognitivos humanos (linguagem, memória, cognição, percepção, entre outros) a Psicologia tem sido parceira de outras disciplinas, tais como a Ciência da Computação, a Filosofia da Mente, a Lingüística e as Neurociências. Isso porque, as pesquisas estão voltadas para uma tentativa de compreensão de como tais processos ocorrem baseando-se nas recentes descobertas científicas sobre o corpo humano. Sendo assim, umas das tarefas mais importantes para a pesquisa atual na área de processos cognitivos é a compreensão do funcionamento de nosso cérebro e sua relação com os complexos processos humanos.