A psicologia do seculo xix

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A psicologia do século XIX, especialmente como se produzia na Alemanha no final daquele século (centro mundial de produção acadêmica e institucional deste saber nesse período) é completamente diferente do quadro atual da psicologia. Trata-se de uma psicologia que: devota-se à pesquisa pura; toma como objeto de estudo a experiência comum consciente; devota-se a esse objeto através da suspeita de ilusão da experiência comum, problema herdado da física e da filosofia do século XVII, sem buscar naquele momento qualquer forma de ajustamento dos indivíduos. utiliza nesse exame da experiência subjetiva uma forma particular de introspecção controlada em que os sujeitos teriam que ser mentalmente sãos e treinados para fazer a descrição mais precisa dos elementos básicos dessa experiência comum, as sensações; por conta das exigências do método, não usa sujeitos comuns (muito menos crianças, animais e loucos) – estuda outros psicólogos devidamente treinados na profissão de fé da fisiologia para chegarem aos meandros da experiência mais pura, mais ingênua. (Ferreira e Gutman, 2005).
O projeto de Titchener
Depois de Wundt são inúmeros os autores que tentaram colocar a psicologia no campo apenas das ciências naturais.
Titchener foi principal responsável pela divulgação da obra de Wundt nos Estados Unidos. Ele redefine o objeto da psicologia como sendo a experiência dependente de um sujeito (concebido como puro organismo). Isto significa, como lembra Figueiredo e Santi (2004), que ir além da experiência do sujeito significa a busca de justificativas fisiológicas para os fenômenos da vida mental.
Titchener não nega a existência da mente, mas esta perde sua autonomia: depende sempre e se explica completamente em termos de sistema nervoso. O psicólogo descreve a experiência em termos psicológicos, mas a explica em termos emprestados de uma ciência natural.
Um dos equívocos cometidos com mais frequência nos textos de história da psicologia é a afirmação de que Wundt seria,

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