A Profissão do Sociólogo - resenha

396 palavras 2 páginas
Para Bourdieu a construção do objeto não é possível sem abandonar a busca pelos objetos préconstruídos, pelos fatos sociais separados, reificados, percebidos e nomeados pela sociologia espontânea, e por fim não se pode construir o objeto sem levar em conta as problemáticas sociais. O autor distingue “realidade social” de “realidade sociológica”, destaca a permeabilidade de estudos dos meios modernos de comunicação aos problemas da sociologia espontânea e confere novos sentidos aos objetos e às novas relações entre os aspectos das “coisas” (primeiro grau da ruptura epistemológica). O autor cria uma certa noção de vigilância epistemológica ou seja, há a necessidade de uma explicitação metódica das problemáticas e princípios de construção do objeto, sem essa “ferramenta” metodológica há enormes riscos a conclusão satisfatória da busca do seu objeto. Hipóteses e pressupostos são construídos com base em teoria. Isso implica em uma metodologia, ou seja, mais do que preceitos tecnológicos, trata-se de escolher entre técnicas em referência à significação epistemológica do tratamento a que será submetido, pelas técnicas escolhidas, o objeto e a significação teórica das questões que se pretende formular ao objeto ao qual são aplicadas.

As técnicas de pesquisa são técnicas que precisam ser epistemologicamente neutras, Não há perguntas neutras, logo submeter suas próprias interrogações à interrogação sociológica cria uma falsa neutralidade das técnicas, desta forma o objeto precisa ser construído, levando sempre em consideração que esta construção resulta na construção da neutralidade sociológica, sempre que o sociólogo for inconsciente em relação à problemática implicada em suas perguntas não irá compreender a problemática contidas nas respostas dos sujeitos de sua pesquisa. Restituir à observação metódica e sistemática base epistemológica. O autor determina que o uso da analogia, um certo modelo “como se”, é um recurso

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