A PROBLEM TICA DO CIDAD O E DO B RBARO

1700 palavras 7 páginas
1. A PROBLEMÁTICA DO CIDADÃO E DO BÁRBARO

Partindo da primeira impressão ideológica, será possível definir o bárbaro por exclusão após uma apreensão do significado de civilizado? Ou o contrário, seguindo a linha histórica? É possível afirmar ser esses dois vocábulos tão antagônicos a ponto de se excluírem como vetores que, por terem a mesma origem, possuem mesma intensidade, mas que durante o processo evolutivo, distanciaram-se de forma tão contrária que chegam a apontar sociedades axiologicamente distintas? Foi o ataque aos EUA no dia 11 de setembro de 2001 uma atitude bárbara ou um real vício do que se entende hoje por civilizado?A forma como é constatada a vida no ocidente hoje mostra a relação limítrofe que existe entre a barbárie e a civilização. Tendo em vista a forma como se denomina de civilizada a sociedade atual, pior que um retorno ao estado de barbárie, é o próprio esvaziamento verificado do sentido da palavra civilizado. Essa ausência de sentido provoca um mergulho das perspectivas de futuro em um novo estado nomeado por Paul Valéry (em seus textos A crise do Espírito, A política do espírito, nosso supremo bem e O balanço da inteligência) de “morte da civilização”. Diferentemente das várias crises enfrentadas, onde em nome da razão apontava-se mudanças econômicas e políticas, como nas duas Grandes Guerras, esse estado de morte mostra, conseqüentemente, a nova realidade vivida, que passa a ser efêmera e instantânea, dispensando qualquer intenção de continuidade. É exatamente no uso da razão (entendida, de acordo com Aristóteles, como fator preponderante que traça o diferencial entre os homens e os animais e que proporciona àqueles a possibilidade de refletir) que se distingui a crise do mais novo estado de morte nomeado por Valéry: neste não há futuro, só o presente. A Crise pressupõe mudança, reavaliação, observação e principalmente reflexão. O estado de morte provoca uma cegueira no homem, tornando-o incapaz de pensar, de ver a “nova crise”,

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