A Pintura Revolucionaria de Goya

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A Pintura Revolucionaria de Goya
O neoclassicismo tinha-se difundido em Espanha, paralelamente às vicissitudes políticas que envolveram a nação na expansão imperial napoleónica e, depois, na sua queda. Todavia, mesmo sendo contemporâneo de David e fiel aos ideias iluministas. Francisco Goya esteve decididamente afastado do neoclassicismo francês e da sua confiança na razão. À perfeita decoração e À precisão académica o desenho das obras dos artistas neoclássicos, Goya contrapôs uma surpreendente liberdade expressiva, à polidez de David, opôs uma distinta acentuação cromática, reforçada por um traço quase esboçado. Estranho a todas as influencias da moda, o célebre artista espanhol é considerado o pintor mais novo e revolucionário do seu tempo. De facto, moveu-se numa liberdade total, embora muito atraído pelos mestres do passado. A Espanha que descreve aos seus quadros e nas suas gravuras é uma terra trágica e cruel, onde se inflige maus -tratos suportados já sem qualquer confiança com Goya, a arte torna -se o espelho atormentados dos sentimentos. Esta mudança estilística e poética começa em 1792, depois de uma doença ter levado o artista espanhol a surdez.
Protegido pela aristocracia, amigo de intelectuais, em 1799 Goya tornou -se primeiro pintor da corte de Carlos IV. O estatuto garantiu -lhe a posição privilegiada que lhe permitiu conhecer e comentar todos os principais acontecimentos do seu tempo. De mau grado, porém, encontrava -se a perpetuar uma tradição em que já não se reconhecia e via- se, assim, como herdeiro oficial de outro grande artista que antes ele ocupara o mesmo cargo prestigiado: Velásquez. Todavia, o papel por ele desempenhado não o impediu de pesquisar e evidenciar, com o seu estilo cru, o progressivo enfraquecimento da absoluta autoridade da monarquia, enquanto instituições inquestionáveis, como o direito divino d rei, sofriam uma crise aberta.
No tratamentos de te temas clássicos, como o retrato de Fernando VII a Cavalo, por exemplo

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