A paz valoriza a dimensão humana dos angolanos
Colóquio
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Luanda – O professor universitário André de Oliveira Sango declarou neste domingo, em Luanda, que com o alcance da paz em Angola “a dimensão humana ganha um valor extraordinário e passa a constituir-se no elemento central da acção política”.
O fabuloso, adianta, está na engenharia institucional, que se resume no reconhecimento de que somos todos cidadãos, pessoas iguais, com direitos à participação igual, no exercício do poder e na decisão e filhos de uma mesma pátria.
O docente dissertava num colóquio sob o tema “4 de Abril – Angola e os Ganhos da Paz”, que decorreu num dos pavilhões anexo à Cidadela Desportiva, alusivo ao nono Aniversário da Paz e Reconciliação Nacional em Angola, numa organização do Governo Provincial de Luanda.
Na sua óptica, Luena foi um grande marco para a mudança e estabilização da paz, depois de fracassados os acordos de Bicesse (Portugal) e de Lusaka (Zâmbia).
Para ele, “a questão não era só da busca da paz como negação à guerra, mas a reconciliação nacional como inibidor da guerra e da consolidação da paz e da convivência entre as pessoas. O indivíduo ganha a importância suprema, passa a ser a medida de todas as coisas”.
Defende a necessidade de educar correctamente a juventude, transmitindo-a valores que contribuam para a protecção da paz como “o bem supremo maior para a garantia da concórdia, a estabilidade e o bem-estar social”.
Para André Sango, a paz não significa apenas ausência de guerra. Ela é um estado de espírito caracterizado pelo perdão, diálogo, tolerância, justiça, visando a construção de ordem social.
O professor universitário apelou aos compatriotas a transmitir valores virados para o diálogo, o perdão e a não violência.
Afirmou que aos partidos políticos, a comunicação e as organizações da sociedade civil se impõe um papel importante, pois a socialização política ocorre fundamentalmente nestes