A Partilha do Oriente Médio

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Em 1914 as provincias árabes do imperio otomano encontravam-se sob a influencia das potencias europeias e dos EUA. A França era a potencia dominante na Siria, por conta de seus investimentos econômicos, e os ingleses ocupavam o Egito. Com a entrada dos otomanos na guerra, eles procuravam encontrar um período de desestabilidade das grandes potências europeias, então partiram para a guerra santa, o Jihad. O Jihad ameaçava a África do Norte francesa, uma parte da África negra e a Índia britânica. Franceses e ingleses encontravam-se, portanto, numa posição defensiva. Para atacarem Dardanelos (1915), como forma de ameaçar a capital do império otomano, foram obrigados a aceitar a reivindicação russa sobre Constantinopla e a considerar, portanto, a partilha da região. Ao provocarem a insurreição do príncipe Hussein, emir de Meca, eles esperavam acabar com o Jihad e criar uma nova frente contra os otomanos. No Cairo, um grupo de espíritos românticos acreditava num renascimento árabe que tomaria o lugar da corrupção otomana e do "levantismo" de língua francesa. Comandados pelos filhos de Hussein, esses beduínos, príncipes da dinastia jordaniana, aceitariam uma tutela britânica "indulgente". Londres promete-lhes uma "Arábia" independente, porém em relação aos otomanos. Os franceses, por sua vez, pretendem expandir sua "França do Levante", avançando sobre o interior com o objetivo de construir uma "grande Síria" de língua francesa. Logo seria necessária uma divisão da Arabia britânica e Síria francesa. Para fixar esses limites territoriais foram encarregados da negociação o francês François Georges-Picot e o inglês Mark Sykes. Os franceses passariam a administrar diretamente um território que ia do litoral sírio até a Anatólia; a Palestina seria internacionalizada; a província iraquiana de Basra e um enclave palestino em torno de Haifa seriam colocados sob a administração direta dos ingleses; os Estados independentes, até então sob a soberania da Jordânia, seriam

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