A PALESTRA

A Palestra “Serviço Social: compromisso de classe por uma sociedade emancipada”, proferida pela doutoranda em serviço social Abigail Torres, abordou de forma critica a precarização na formação acadêmica do assistente social e de suas relações de trabalho. Portanto, o presente trabalho tem como fio condutor de análise esses dois âmbitos analisados. A partir da fala da palestrante, também apresentamos nossa visão sobre os assuntos proferidos. Abigail apresentou algumas estatísticas para traçar um panorama dos atuais espaços sócio-ocupacionais do serviço social. Afirmou que, apesar de termos alcançado uma significativa ampliação de mercado de trabalho, esta vem acompanhada de todas as precarizações que o mundo do trabalho sofre no sistema neoliberal. Nossa categoria não está isenta desses processos. Temos como exemplo a contratação temporária ou inexistente, o duplo emprego, a renovação de contratos, sem direito à feiras, 13º salário e outras garantias negadas. O mesmo projeto do neoliberalismo também precariza o ensino. O estudante de Serviço Social geralmente é o aluno que cursou o ensino fundamental e médio em escolas públicas. Estas instituições sofreram total sucateamento nas últimas décadas, o que deixou grandes defasagens em seus alunos. O estudante de Serviço Social, em sua maioria, chega a cadeira universitária com baixa capacidade de leitura, baixo domínio do idioma e poucos conhecimentos sobre as ciências humanas, o que lhe dificulta a elaboração de análises critica da sociedade, exercício exigido na formação. Um dos outros agravantes no que diz respeito ao ensino é o baixo incentivo à pesquisa. Na maioria dos casos, o professor de Serviço Social, é o professor que se dedica a outros empregos no mercado de trabalho, tendo que se dedicar a exaustivas jornadas diárias, pois não pode dedicar-se à Pesquisa Científica, visto que não tem remuneração. Isso compromete seu empenho para com as aulas, seu tempo de leitura e reflexão. É necessário que