A Palestina - Aspectos Políticos

A situação da Palestina como Estado é anômala no cenário internacional, pois contraria a ordem normal dos acontecimentos onde primeiro se reconhece a existência de um Estado para depois reconhecer a existência de um governo.
A grande maioria dos Estados, em especial Israel, com quem a Palestina tem uma histórica disputa que dificulta seu reconhecimento como Estado membro da ONU, reconhece a existência de um governo Palestino, mas não reconhece a existência de um Estado Palestino. No caso de Israel há o reconhecimento da existência do governo Palestino materializado no seu Presidente Mahamound Abbas, no entanto tal reconhecimento não se estende ao Primeiro Ministro Haniya, o qual foi eleito democraticamente em processo acompanhado pela comunidade internacional que o considerou legal e legítimo.
A carta da ONU em seu art. 1º, §§ 2º e 3º determina que: “desenvolvimento de relações amistosas entre as nações, com base no respeito ao princípio da igualdade de direito e de autodeterminação dos povos” e cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanístico, e para promover e estimular o respeito aos direitos humanos”. Assim a atitude da comunidade internacional em não reconhecer como um Estado um entende que atende todos os requisitos legais para tal, fere o princípio da convivência pacífica, lavando a todos os problemas políticos que giram em torno do conflito entre Israel e Palestina.
No dia 23 de setembro de 2011 o presidente da Autoridade Palestina, Mahmaoud Abbas, entregou o pedido de reconhecimento do Estado Palestino para ser apreciado pela ONU, no momento em que várias nações árabes passam por grandes revoluções políticas.
No ano de 2011 na região em que está localizada a Palestina iniciou-se o movimento denominado pela comunidade internacional como Primavera Árabe, que é a onda de revoltas contra regimes autoritários no Oriente Médio. Muitos estudiosos acreditam que este seja o melhor momento