A palavra Como alimento

A Palavra como alimento

Vivemos um momento em nossa sociedade em que as coisas vem prontas, muitos dos nossos alimentos vem enlatados cheios de corantes e conservantes. A pressa do dia-a-dia, a jornada dupla feminina e até mesmo a “praticidade” de certas coisas nos empurram a viver de maneira intensa e aproveitar tudo que já estiver preparado para não perder tempo. Muitas vezes adoecemos, pois a forma como levamos a vida e até mesmo como nos alimentamos não nos dão o sustento e os nutrientes necessários para “aguentar o rojão”.
É interessante também como isso acaba refletindo na nossa relação com a Sagrada Escritura, ou melhor, por conta das múltiplas coisas do cotidiano, deixamos de lado nossa vivência com o Santo Livro e acabamos desnutridos espiritualmente. O alimento espiritual é imprescindível à saúde da alma e descuidar dela ocasionará efeitos ainda mais comprometedores do que podemos imaginar.
Um dos objetivos da catequese é despertar para o gosto de amor, de paz, de comunhão, de vida e de salvação que a Palavra tem. O catequista ainda tem esse desafio, pois as famílias estão cada vez mais distantes da Bíblia e mais próximas da televisão, das redes sociais e de atividades que quase nunca as aproxima da Palavra.
Todo dia 30 de setembro lembramos de São Jerônimo, um dos homens mais instruídos do seu tempo, que usou todo o seu saber para ajudar a Igreja no conhecimento mais profundo da Bíblia. E assim como São Jerônimo dedicou muito tempo às coisas de Deus, também nós somos convidados a – todos os dias – nos alimentarmos espiritualmente a cada encontro com a Palavra.
Não basta ler, é preciso meditar, orar, estudar, vivenciar. Para que a Palavra de Deus penetre sempre mais nos nossos sentidos e na nossa vida, precisamos dedicar-lhe tempo. É preciso degustar com calma, saboreando a mensagem que o próprio Deus nos dá e quer que a conheçamos. Por isso, não adianta provar este alimento apenas em datas especiais, como se fosse aquela rara sobremesa que quase