A oriegem

São cartazes cortados e organizados de forma que parecem casacos pendurados num guarda-roupa e conforme você passa na frente, a luz cria um brilho nos “casacos” que faz eles parecerem ser de tecido. Outra obra que chama a atenção é Os Amantes, do americano Howard Kanovitz. Ela vai de um detalhismo (braços e pernas da mulher) a uma simplificação (sapato e sombra do homem) que não combinam muito. Não dá para ver o rosto de nenhum deles, e só acredito que o homem estava naquele abraço porque a mão dele com um relógio no pulso é revelada senão, ele poderia ser apenas uma sombra que ficou apertada pelo abraço da mulher.Agora, falando de coisas que impressionam pela competencia: o 2º andar é avassalador. É simplesmente absurdo o quadro de Claudio Bravo, Madona (óleo sobre tela, 1988). Ele mistura temas religiosos clássicos com uma contemporaniedade na feição das personagens.Gente, ver na tela do micro não é nem de longe tão impressionante e interessante quanto ver pessoalmente. A tela é imensa e na minha opnião, perfeita no seu hiperrealismo.

“O grupo de personagens no quadro Madona está organizado segundo o esquema da Sacra Conversazione. Este termo iconográfico se refere a uma imagem em que dois ou mais santos permanecem dos lados esquerdo e direito da Madona, que é vista sentada no trono. Imagens como essa surgiram na arte italiana na virada do século XIII para o século XIV. Aqui, Claudio Bravo combina um tipo de imagem do início da Idade Média com a técnica e estilo da pintura europeia dos séculos XVI e XVII. A imagem dos santos, com os seus respectivos atributos, obedece às convenções da iconografia, ao passo que o artista muda radicalmente a localização da mãe e do filho, colocando o menino Jesus não nos braços da mãe, mas num pedestal aos seus pés. Do lado esquerdo da Virgem Maria aparecem São Sebastião, com o corpo perfurado por flechas, e São Francisco, em cujas mãos se podem ver traços dos estigmas de Cristo. Do lado direito está a mártir siciliana Santa