A oposição ao governo de João Franco

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A oposição ao governo de João Franco crescia, abarcando não apenas os republicanos, organizados sobretudo na Maçonaria e na Carbonária, mas também muitos elementos dos partidos do rotativismo e mesmo alguns elementos do Palácio. Intensificaram-se as tentativas de aliciamento de unidades militares, ao mesmo tempo que os conspiradores civis fabricavam bombas artesanais (a que chamavam a "artilharia civil"). O comerciante Víctor de Sousa, ao tentar aliciar um polícia, foi denunciado, dando lugar à reacção do governo. A 21 de Janeiro, o rei D. Carlos segue para Vila Viçosa e, nessa noite, foram presos os dirigentes republicanos França Borges, director de O Mundo, e João Chagas e, no dia seguinte, António José de Almeida e Luz de Almeida, o Grão-Mestre da Carbonária. Decapitada a tentativa revolucionária, Afonso Costa tomou a sua direcção, com o dissidente José Maria de Alpoim, o Visconde da Ribeira Brava e Egas Moniz. Planeiam tomar a Câmara Municipal, de onde proclamariam a República, enquanto grupos de civis armados entrariam nos quartéis e barcos para obterem a adesão das unidades militares e outros assaltariam a casa de João Franco. Na tarde de 28 de Janeiro, dia da denominada "intentona do elevador da biblioteca", verificou-se que o Chefe do Governo, afinal, não estava em casa e a confusão instalou-se entre os conspiradores, levando a que a polícia detectasse as suas movimentações e o governo lançasse uma vasta operação contra os implicados, detendo mais de 120 pessoas: Afonso Costa, de cara rapada, foi capturado pela polícia, acontecendo o mesmo ao Visconde da Ribeira Brava, a Egas Moniz e a Álvaro Poppe; José de Alpoim refugia-se em casa de Teixeira de Sousa, fugindo depois para Espanha, tal como os viscondes de Pedralva e do Ameal, contra os quais foi igualmente emitido mandato de captura. Registam-se ainda incidentes violentos entre polícia e conspiradores civis. O governo intensificou a repressão, aprovando o decreto que previa a expulsão do País ou a

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