A onde, sob a perspectiva de kurt lewin

Análise do filme “A Onda” sob a perspectiva de Kurt Lewin

O filme retrata a criação de um movimento e suas potencialidades. Durante uma aula de História sobre a Segunda Guerra Mundial, um aluno questiona a possibilidade da implantação de uma nova ditadura nos dias atuais. Diante de tal questionamento, o professor decide realizar um experimento com a turma para mostrar quão fácil é manipular massas. A partir disso, torna-se possível relacionar a teoria de Kurt Lewin ao conteúdo do filme.
Em sua teoria, Lewin ressalta a importância do grupo como unidade e o dinamismo das forças que o constituem, tanto como totalidade, quanto sua possível desintegração. No filme, tal conceito é retratado a partir da tentativa bem sucedida do professor de controlar os alunos em alguns aspectos, tais como: a maneira de tratá-lo, de lhe responder, de andar, de se vestir e de se referir a eles mesmos; além disso, propiciou a criação de uma saudação e um signo que os define, como pertencentes a um mesmo grupo, como um só.
Ainda em sua teoria, Kurt Lewin se aproxima das ideias da Gestalt, visto que considera que “o todo é mais que a soma das partes”. O funcionamento do grupo está atrelado à interdependência entre os membros que o constituem e o contexto no qual se insere. Em A Onda, o professor estabelece uma finalidade para dar estímulo e incentivo ao movimento, criando um lema: “a força pela disciplina, a força pela comunidade”. Com o decorrer do tempo, os alunos vão se estabelecendo em papeis distintos e se posicionando perante a situação: há aquele que se entrega totalmente ao movimento, fazendo com que sua vida gire apenas em torno deste, como, por outro lado, há aquele que se opõe às proporções alcançadas pela “onda”, se sujeitando à exclusão e até agressão dos membros por representar uma ameaça à continuidade do movimento. Analogamente, vale lembrar que Lewin aponta que a modificação de apenas um elemento do grupo é capaz de alterar toda sua estrutura.
Sendo assim, é possível