A odisseia

Hospitais públicos da Bahia estão em situação crítica

Descaso do governo estadual com saúde prejudica os baianos
Falta de materiais e médicos, número insuficiente de leitos e demora na marcação de consultas e exames. Essa é a triste realidade que vem enfrentando milhares de baianos que precisam utilizar os serviços de saúde dos hospitais da Bahia. Já relatei aqui no blog, em outros posts, a situação delicada das principais unidades médicas da capital e do interior, a exemplo do Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana, e a pouca efetividade das ações do governo estadual para resolver a questão.
Na semana passada, uma matéria publicada no programa Balanço Geral, da TV Itapoan, mostrou o caos em que se encontra o Hospital Estadual Roberto Santos, no Cabula. No vídeo (assista abaixo), dezenas de pacientes – com enfermidades de todos os tipos – estão amontoados em macas nos corredores à espera de atendimento. O mesmo quadro é visto no Hospital Geral do Estado (HGE) e no Ernesto Simões Filho. Além de a estrutura hospitalar precária, outro problema grave é a péssima remuneração oferecida pelo governo da Bahia aos nossos médicos (veja gráfico ao lado), uma das piores da Região Nordeste. Insatisfeita, a categoria realizará uma assembleia no dia 30 para decidir se entra ou não em greve. Se isso ocorrer, será a terceira paralisação de um serviço essencial ao estado em menos de seis meses.
A melhoria da qualidade da saúde pública deve ser prioridade do Executivo estadual. Investir na modernização dos hospitais e na valorização dos profissionais da área é medida imprescindível para oferecer ao povo baiano um serviço digno e eficiente, bem diferente da nossa lastimável realidade.