A Mídia e o Desenvolvimento das Sociedades Modernas
Thompson inicia o primeiro capítulo do livro lembrando como se deu a formação da classe burguesa, a queda do sistema feudal e a introdução do sistema capitalista. Como a burguesia foi se fortalecendo enquanto o clero perdia sua autoridade. A invenção da prensa móvel por Gutenberg que revoluciona esse período, servindo de apoio para as reformas protestantes produzindo os primeiros materiais impressos de forma mecânica.
A partir da invenção da Imprensa, surgiram as tipografias, que se tornaram as maiores vilãs da Igreja na época, por tornar público o acesso á diversas obras proibidas. O mercado negro de livros se tornou uma praga na Europa, e o clero já não conseguia censurar todos aqueles livros – mesmo com o index proibitorum – a leitura se disseminou mais ainda entre a classe burguesa, agora enriquecida e fortalecida. Na Inglaterra os jornais impressos começavam a ser produzidos, e o interesse pelos acontecimentos locais e exteriores foram crescendo.
A imprensa logo começou a incomodar não só o clero, como também a nobreza. Mesmo com tanta censura, isso não parou o crescimento dela, que á esta altura já evoluía para os jornais diários. No texto, Thompson destaca o olhar do pensador Habermas sobre a origem da Esfera pública, que segundo ele irá de fato contribui para o fortalecimento da imprensa. Segundo Habermas, na Europa moderna surgiu um novo tipo de esfera pública, devido ao desenvolvimento do capitalismo mercantil e as transformações institucionais do poder político.
Além disso, são os jornais que surgem nesse período que dão força para os debates em público, já que uma grande parte da Europa pré-moderna era analfabeta, as noticias eram lidas em praças públicas e nos grandes centros, despertando na população o senso crítico. Thompson elogia muito as idéias de Habermas, porém faz algumas críticas peculiares, que ao longo do texto se contrapõe com ideias mais modernas como a de Max Weber.
O texto