A mulher no século XIX

A mulher no século XIX

”Não fiz a guerra como mulher, fiz a guerra como um bravo!", esta declaração foi feita pela guerrilheira Marie-Henriette em uma carta que enviou ao então imperador Napoleão Bonaparte por este ter se negado a lhe dar uma pensão reservada aos ex-combatentes do exército. Ela é um exemplo feminino que participou ativamente da Revolução Francesa realizada no período de 1789 a 1815, tendo a sua finalização com a queda de Bonaparte. Esta revolução foi um marco na queda do Antigo Regime, mas não só isto, além da influência mundial em movimentos que lutaram contra o autoritarismo real, ou países que queriam sua independência, entre outros. A Revolução francesa foi também um marco para os movimentos feministas, pois como afirma a autora Tânia Machado em seu texto Revolução francesa e feminina, muitas mulheres foram soldados ao lado dos homens e lutaram em prol dos ideais revolucionários. A Revolução Francesa foi um dínamo para os movimentos feministas, pois mesmo com a Declaração dos Direitos dos Homens e do Cidadão, as mulheres ficaram à margem destes direitos não desfrutando deles como os homens. Por terem se inserido no âmago do movimento revolucionário as mulheres aos poucos foram encontrando sua voz, e chegando até mesmo a reivindicar seus direitos, como fez Pauline Léon ao ler na Assembleia uma petição assinada pelas mulheres em que exigiam a formação de uma guarda nacional por estas, pois alegavam que eram tão fundamentais como os homens.
Também como exemplo de tentativa feminina de fazer valer sua voz, podemos citar a Declaração dos Direitos da Mulher e da cidadã elaborada por Olympe de Gouges que reivindicava a igualdade dos sexos. Exemplos como estes citados acima serviram de fomento aos movimentos feministas que surgiram posteriormente, porém a mulher enfrenta um período obscuro durante o século XIX. A era da industrialização ou o século do trabalho como enfatiza Evelyne Sullerot em seu livro a Mulher no Trabalho, a autora afirma