A Modernidade L Quida Resenha

1304 palavras 6 páginas
A Modernidade Líquida
Para Bauman na modernidade líquida, tudo é volátil, as relações humanas não são mais tangíveis e a vida em conjunto, familiar, de casais, de grupos de amigos, de afinidades políticas e assim por diante, perde consistência e estabilidade. O indivíduo já não era determinado pelo lugar no qual nascia, e por relações pré-estabelecidas. Medo, exclusão social, produção do mal: são estes os elementos que Bauman considera como “os efeitos colaterais” precisamente da modernidade líquida marcada pela globalização.
Na fase da liquidez, as mega-empresas desfrutam de toda a liberdade para realizarem manobras econômicas que tornam o Estado um mero espectador, dominado e sem poder de reação. Tendo na incerteza do mercado uma arma de armotização dos possíveis atos de revolta, tanto da sociedade, como de seus governantes.
A promessa do livre comércio e o desenvolvimento econômico como profícuo a diminuição das desigualdades sociais, tem se mostrado uma falácia, o que se apresenta é um aumento cada vez mais elevado da riqueza dos mais ricos e uma diminuição drástica das condições de vida dos mais pobres.
Este novo mundo proposto é o da fome, pobreza e miséria absoluta, onde 800 milhões de pessoas estão em condições de subnutridas e 4 bilhões de pessoas vivendo na miséria (BAUMAN, 1999, p. 81). Bauman fala que o que se propaga é a idéia de que pobreza é sinônimo de fome, mas existem outras questões da pobreza que ficam “encobertas”: péssimas condições de vida, analfabetismo, famílias destruídas, etc. Todas as tentativas de mudança encontram barreiras e sua eficiência é momentânea, pois, este sofrimento da sociedade humana tem como precedente, amarras, que são facilmente retraçadas e mutáveis pela globalização e pelo sistema de produção capitalista.
Com a individualização radicalizada, todas as formas de sociabilidade que sugerem dependência mútua passam a ser vistas com desconfiança. As relações interpessoais, segundo Bauman, suspiram um saudosismo

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