A luta dos negros contra a escravidão
INTRODUÇÃO
Este artigo pretende examinar como as ideias antiescravistas foram assimiladas no começo do século XIX para mostrar a especificidade que elas adquiriram na sociedade escravista brasileira.
A grande questão o que fazer com o negro após a ruptura da polaridade senhor escravo, presente em todas as dimensões da sociedade, em que no século XIX grandes acontecimentos influenciaram na vida escravista, ou seja, o movimento emancipacionista em um determinado início das pressões internacionais contra o secular tráfico de negros da África para as colônias de ale-mar, os primeiros negros chamados quilombos desembarcaram aqui no Brasil para uma tentativa de uma vida melhor.
As três primeiras décadas do século XIX só confirmaram sombrias expectativas com o desenrolar das insurreições baianas, detalhadamente organizadas pelos haussás e nagôs. A heterogenia sócia – racial dividido entre uma minoria branca, pobre e não proprietária registrou um todo imaginário em que sobressaiu a percepção de um país marcado por uma ordem política e social, de vingança generalizada contra os brancos.
As soluções encontradas para ultrapassar a heterogenia foram diversas, embora tivessem como a ânsia de insistir uma nacionalidade. Os emancipacionistas voltaram para próprios habitantes pobres do país, fossem eles escravos ou livres, e procuraram arrancá-los de suas vistas como adjetas, inúteis e isoladas, para integrá-los no seu projeto de uma sociedade unida, harmoniosa e progressiva. Somente com o movimento abolicionista é que o negro é integrado às preocupações nacionais, até porque o sistema escravocrata não permitia a entrada do progresso, sendo uma barreira ao avanço econômico, político e cultural do país. É então sob a ótica racista amparada pela “ciência” que vão sendo tecidas as culturas brasileiras. A miscigenação aparece como única saída para resolver o grande “dilema”. A ordem, portanto, era injetar o “sangue branco” e cada vez mais