A Literatura de Roma
De maneira geral, compreende-se por literatura latina toda a produção literária escrita em latim, desde a organização social do povo romano (período era em que a língua que vigorava era o latim), até a época medieval e o Renascimento, quando o latim passou a ser usado por várias outras populações para a difusão dos escritos referentes aos rituais religiosos, à educação e à administração pública (SANTOS, 2013).
Caracterizado como língua culta, o latim foi o idioma utilizado pela filosofia e pela ciência ao longo de toda a Idade Média europeia e até o meio do século XVIII. Esse status levou a literatura latina a exercer considerável influência sobre a cultura ocidental (SANTOS, 2013).
Referente ao estilo, a evolução da literatura latina acompanhou a trajetória dos eventos históricos associados ao Império Romano. Essa relação íntima fez com os estudiosos classificassem a literatura latina em quatro diferentes etapas: a antiga, a época de Cícero, a idade de ouro (também denominada de fase contemporânea de Augusto), e a idade de prata. Essa última fase prolongou-se até a morte de Adriano (SANTOS, 2013).
Porém, outros estudiosos, acrescentam a essas etapas clássicas as manifestações literárias do baixo Império Romano e as da época medieval. No entanto, deve-se registrar que na Idade Média o latim foi empregado menos graças ao valor literário do que por necessidades da teologia, da doutrina e da filosofia.
A literatura do período antigo não é muito conhecida. As obras primas literárias produzidas em latim foram os cantos (carmina), redigidos em versos. Alguns de inspiração religiosa, outros se aproximavam do épico. Havia ainda a poesia satírica. Porém, a verdadeira introdução da literatura latina ocorreu com o estreito intercâmbio com a cultura helênica (SANTOS, 2013).
Entre os grandes nomes da literatura latina encontram-se Lúcio Lívio Andrônico, autor de tragédias, considerado o fundador da poesia e do teatro épico de Roma. Traduziu a Odisséia de