A liberdade em nossa sociedade

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Há, dentre as doutrinas morais, o Princípio de Não Agressão (PNA). Esse princípio assegura e defende que nenhum homem pode ter sua propriedade (incluindo sua vida) ferida. As ideias base para o PNA surgiram no Iluminismo, com figuras como Locke e Voltaire. Inclusive, foi este quem disse “posso não concordar com uma palavra que disser, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la” gerando assim os debates para a liberdade de expressão plena e o combate à intolerância. Infelizmente, o princípio moral e as ideias defensoras de uma das bases da sociedade ocidental não são respeitados nem defendidos até o fim.
Muitos embates são travados na sociedade brasileira a respeito da liberdade que o indivíduo tem para se expressar, causando relativizações do direito de cada um. Deve-se deixar claro que “expressão” é toda ferramenta que o individuo utilize para mostrar suas ideias, criticas, gostos. Assim, uma charge satírica, uma música contendo palavras chulas, são “crias” de uma pessoa, fazem parte de seu patrimônio, de sua propriedade. Dessa forma, devem ser protegidas de coerções externas. Com isso, é preciso que se tenha a noção de que “ofensa” é algo relativo e passional no ser humano, e que uma mulher que use roupas curtas, mesmo que ofenda 13% de falsos moralistas brasileiros (segundo o IPEA), jamais deve ser estuprada ou punida por se expressar.
Além disso, autor Philip Pullman, ao ser questionado pelo motivo de usar um título “agressivo” à religião católica em um de seus livros, disse “ninguém tem o direito de viver sem ser ofendido”. A frase de Pullman remete às ideias de livre arbítrio, se algo incomoda a um indivíduo, ele tem a liberdade de não colaborar com a demanda dessa publicação, de boicotar, de expressar sua desaprovação. A questão só vem a se tornar um problema se o autor for proibido de publicar seu texto, se o leitor for obrigado a ler este texto, se as liberdades forem feridas. Sendo assim, as ditaduras e regulamentações da comunicação e das

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