A interface necessária entre enfermagem, educação em saúde e o conceito de cultura.

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Durante o início do século XX crescia-se o estudo sobre a cultura dos povos não europeus. Chamando-as de "primitiva" mostrava-se que as práticas de saúde estavam relacionadas com a cultura desses povos como por exemplo o uso de plantas medicinais indígenas utilizadas nas tribos. Atualmente ainda existem profissionais da saúde que tratam e identificam o paciente como "o outro", assim como se fazia no início do século XX, aquele que não detêm o conhecimento e que, portanto, não traz consigo nenhum tipo de cultura, ou ainda mesmo que detenham cultura, por serem de áreas inferiores, não possuem nada que possa ser relacionado ao seu problema físico. Sendo assim, com o auxílio do profissional de saúde será diagnosticado sem que este analise os problemas sócio-culturais a qual este indivíduo está inserido. Logo inicia-se um processo educacional por parte do profissional na qual o paciente precisa ser "corrigido" como se houvesse algum tipo de deficiência. Nesse contexto surge a prática da Antropologia Simbólica/Interpretativa que se baseia num sistema de símbolos expressa pela interação do indivíduo socialmente, onde existe uma troca de conhecimento entre ambos. Assim surgem três conceitos fundamentais: o conceito de cultura como sendo dinâmico e heterogêneo; a perspectiva da doença como um processo sócio-cultural; e o conceito de doença como experiência. O primeiro baseia-se na cultura como simbólica, portanto abrangendo o indivíduo como o ser que percebe e age. E para tal há o reconhecimento de sua subjetividade que explica a forma como em uma sociedade cada um pensa e age de diferentes modos, esclarecendo que a cultura é heterogênea. O segundo remete ao fato de a doença não ser vista somente como uma universalidade do corpo físico mas também como o profissional de saúde deve relevar as condições familiares, profissionais e sociais na qual aquele indivíduo está inserido. O que explica o terceiro conceito fundamental de que justamente a doença não é somente aquilo

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