A INFÂNCIA NO PASSADO BRASILEIRO

2684 palavras 11 páginas
A INFÂNCIA NO PASSADO BRASILEIRO
Texto didático elaborado pela Profª. Evanir Regina Moro Peichoto- UNIFEV- 26/02/07

Até muito recentemente os historiadores não se preocupavam em resgatar o passado de alguns segmentos de nossa sociedade. Mulheres, crianças, negros, loucos e doentes eram marginalizados socialmente, e também os “esquecidos” da História. Só a partir de 1960 esses grupos passaram a integrar o universo de estudos dos historiadores.
O papel das crianças – negligenciado pelo curto período da existência humana, elevadas taxas de mortalidade (morte vista com certa naturalidade e até alegria em função da identificação entre o morto e os anjinhos católicos), vistas como adultos de tamanho reduzido.
Crianças brasileiras: enormes taxas de ilegitimidade, de uniões ilegítimas - a bastardia (também presente na elite) - não sancionadas pela Igreja, instituição responsável pela oficialização das uniões matrimoniais até o final do século XIX.
Trabalho precoce – buscar água, levar recados, cuidar de crianças menores, realizarem pequenos trabalhos na lavoura, cuidar de animais, engraxar sapatos, costurar, cuidar da casa, etc.
Crianças da elite escravocrata, proprietária de terras, eram desde cedo preparadas para perpetuar a exclusão vigente na nossa sociedade. Era comum serem entregues a amas-de-leite negras. Era comum ao nascerem receberem um escravinho do mesmo sexo e idade para que crescessem e brincassem juntos (ler Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis que conta a história de Prudêncio; Menino de engenho de José Lins do Rego – iniciação sexual dos meninos brancos com as escravas).
Crianças brancas da elite eram educadas em casa, era comum professores europeus serem contratados para cuidarem de ensinar as letras, línguas estrangeiras, normas de boa conduta, administrar a casa, tocar piano, bordar. Os meninos, na adolescência eram enviados para seminários ou instituições de ensino como Coimbra, Montpellier ou Paris.
Meninos e meninas

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