A influência da infância na vida adulta – estudos clínicos

A influência da infância na vida adulta – estudos clínicos

Introdução

O presente trabalho apresenta três casos clínicos e a minha respetiva interpretação e planificação terapêutica para cada um deles. Juntamente também é a apresentado uma breve análise à luz da teoria psicanalítica, do filme “ O azul é a cor mais quente” de Abdellatif Kechiche.
Para analisar os vários casos, baseei-me em várias ideias defendidas por Sigmund Freud.
Freud contribuiu para uma teoria das fases do desenvolvimento do indivíduo, demonstrando também que que o homem não é apenas um ser racional, há impulsos irracionais que nos influenciam. Estes impulsos irracionais manifestam-se através do inconsciente.
Freud defendeu que o individuo ultrapassa várias fases de desenvolvimento ao longo da sua vida, podendo sofrer regressão ou fixação em cada uma delas. Estas fases se desenvolverão entre os primeiros meses de vida e os 5 ou 6 anos de idade, e estão ligadas ao desenvolvimento do Id. Aqueles que se detêm no seu desenvolvimento emocional, e por algum motivo se fixam em qualquer uma das fases transitórias (Freud. 1908), constituem tipos e subtipos de personalidade nomeados segundo a fase correspondente de fixação.
No centro do "Id", determinando toda a vida psíquica, constatou o que chamou Complexo de Édipo, ou seja, o desejo incestuoso pela mãe, e uma rivalidade com o pai. Segundo ele, é esse o desejo fundamental que organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de nossas vidas.
As características do inconsciente são opostas às características da consciência. Assim, desconhece o tempo, a negação e a contradição. As suas manifestações não são percebidas diretamente pela consciência, pelo que requer deciframento e interpretação. Como o princípio básico do funcionamento da mente é, segundo Freud, evitar o desprazer, o incosnciente é o lugar teórico das representações recalcadas ou o próprio processo de recalcamento, que