A indústria da manutenção

A indústria da manutenção movimentará R$ 120 bilhões em 2010, segundo a pesquisa bienal "Mapa da Manutenção", realizada pela Associação Brasileira de Manutenção - Abraman. O investimento é 33% maior do que o da última edição da sondagem. O crescimento é mais um termômetro de que o Brasil passou ao largo da crise mundial e que a indústria continua apostando na produção. O levantamento foi realizado com as maiores empresas do país, que representam os mais importantes setores da economia: petróleo e gás, mineração, alimentício, papel e celulose, têxtil e farmacêutico, entre outros.
Em setembro, a Abraman debaterá todos os dados da pesquisa durante o Congresso Nacional de Manutenção, que acontece em Bento Gonçalves, RS. Discorrendo sobre manutenção, o presidente da Abraman, engenheiro José Eduardo Lobato, analisa o desempenho do setor.
Lobato acredita que atualmente as empresas avaliam a manutenção como estratégia para o bom desempenho dos ativos. Graças à atividade, as companhias evitam paradas não programadas e prejuízos decorrentes de quebras e acidentes em máquinas e equipamentos. Não é à toa que no Mapa da Manutenção/biênio 2010, a indústria informou que investirá R$ 120 bilhões no setor, investimento 33% maior do que o da última edição da sondagem.
No passado recente, a manutenção era uma atividade deixada em segundo plano. Enquanto a operação e a produção estavam dentro dos padrões de excelência, a atividade não era lembrada. No entanto, quando ocorria a interrupção dos trabalhos por pane em um ou mais equipamentos, a direção das empresas atribuía à manutenção a responsabilidade pela interrupção, cobrando, inclusive, soluções rápidas e milagrosas para o retorno imediato da operação.
Com o passar dos anos, o conceito de manutenção mudou com grande velocidade, passando do conserta&conserta para uma atividade de ponta, que evita a falha e, consequentemente, mantém os ativos da indústria disponíveis para a produção. Esse tem sido o grande foco da manutenção