A Imortalidade Sempre Fez Parte Da Jornada Humana

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A imortalidade sempre fez parte da jornada humana. Os alquimistas e a pedra filosofal, os escritores e a consagração eterna de suas obras. Vencer a morte corresponde, sem dúvida, a superar o tempo. Mas qual o papel da psicologia? Imortalizar o sujeito? Na sociedade hipermoderna, as coisas são medidas pelo valor financeiro e pela banalidade de tudo. Poucas coisas surpreendem as pessoas. O mundo anda apressado e desleal, violento ao extremo. Atentados terroristas, desrespeito aos direitos humanos, exploração. Vivenciamos uma fase crítica e, ao mesmo tempo, um avanço em termos de liberdade de escolha, ação, filosofia de vida. O homem, sempre preconceituoso, entra em ambivalência consigo mesmo. O que é o mais importante: o individual ou o coletivo? Buscamos um legado em todas as atitudes. Ter filhos, perpetuar os genes, inventar algo, o ser sempre procura uma forma de continuar, de querer ser o diferencial.
É essencial, na entrevista inicial, saber quais as motivações do paciente , ou seja, o que lhe move e o que o paralisa. Evidentemente, os motivos deverão ser outros ao longo da terapia, mas o psicólogo temporal precisa ficar atento em todas as questões apresentadas ou não no processo de entrevista. Ademais, brincando com o leitor, pergunto: o que você faria se fosse imortal? Será que essa é uma questão relevante? Ou, trazendo uma perspectiva do tempo, o que vocês mudariam, quais os arrependimentos, os medos, as angústias? O que há, no futuro, que lhe faz continuar? A mortalidade é o que nos define? Ou o sentido de imortalidade nos lança para a frente? Só chegaremos longe quando ampliarmos nosso olhar filosófico. Hoje em dia, pois, as pessoas já não leem filosofia, sequer questionam os produtos de consumo que são vendidos. A lógica da felicidade através de posses ou do goze o quanto puder é uma lógica perversa. Estamos cada vez mais próximos do abismo moral, social e individual; de que adiantaria a imortalidade para essa sociedade doente, cheia de si e ao

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