A IMORTALIDADE DA ALMA NA OBRA FÉDON

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INTRODUÇÃO Com este trabalho pretendo, não só apresentar as ideias com que fiquei do Fédon, mas também dar-me um pouco a conhecer.
O Fédon é um diálogo que envolve opiniões e procura emancipar as pessoas retirando-lhes as opiniões preconceituosas "instauradas" pelos sofistas. Esta obra pretende, ainda, mostrar-nos que dialogar não é uma mera troca de opiniões, mas um exercício constrangedor, na medida em que é pondo em causa e objetando que se dialoga o que se faz com algum sacrifício.
"À ideia de morte associa-se irremediavelmente um sentido de terror. Perante ela, os homens são como crianças perante o papão: constroem representações, fantasias que suscitam um pânico. Cebes e Símias, os dois interlocutores principais de Sócrates no Fédon, dois homens de senso e de razão, pedem ao mestre que os trate como crianças, tanto eles temem não ficarem convencidos pelas demonstrações que lhes propõem e reencontrarem, mal a conversa termine, os seus antigos pavores." A grande questão levantada nesta obra de Platão é: "Será que a alma é imortal?".
Sócrates vai então dizer-nos que o verdadeiro amante do saber, o filósofo, aspira pela morte, na medida em que é neste momento que a alma se separa do corpo e vai de encontro a um Mundo realmente puro onde poderá entrar em contacto com as ideias e como verdadeiro conhecimento, com a eternidade, perfeição e harmonia. A morte é a melhor sorte que podemos esperar, já que é ela que nos conduz ao conhecimento do Belo e das Essências.
"A Filosofia é o exercício de morrer e estar morte”. Sócrates afirma que durante a sua existência, a sua alma se afastou de tudo quanto era material e fazia parte do senso comum, ou seja, do Mundo Sensível. Sendo assim, ele tinha um lugar assegurado no Hades onde repousam todas as almas que conseguiram a purificação.

O AUTOR
Platão nasceu em Atenas provavelmente em 427 a.C. Cerca de um ano após a morte do estadista Péricles, e morreu em 347 a.C.. Inicialmente, Platão entusiasmou-se com a

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